terça-feira, 18 de agosto de 2009

BRISTOW, OK?

Não é a homônima (na sonoridade, ao menos) inglesa, fria e repleta de bandas de trip-hop onde resolvi passar a noite. O calor que fez ontem desde que entrei em Oklahoma é de derrubar qualquer um menos acostumado como eu. Uma ventania quente, verdadeiro bafo do capeta, que só deu trégua em Tulsa. Pode-se imaginar como foi nos anos 30, quando o fenômeno do Dust Bowl obrigou muita gente a desertar estas terras. Cyrus Avery, o patrono da Rota 66, era daqui, e fez o possível pra desviar o caminho mais direto entre Chicago e Santa Monica, cuja óbvia linha reta passaria pelo meio do Kansas e esqueceria Oklahoma, de forma a passar no meio do seu local de nascimento e inclusive onde tinha negócios. Malandro o cara, mas inadvertidamente acabou favorecendo milhares de famílias pobres que foram obrigadas a fugir pro oeste naquela época por causa das tempestades de areia, seca e destruição das plantações.

Domingo agitado. Tudo bem, vou ficar uns 5 anos sem querer ver carros e bombas de gasolina antigos, mas a oferta é grande. Rodei um trecho original de uma pista da Rota em Miami (pronuncia-se "my-am-uh"), quase intransitável, porém no meio do nada; comi pernas de rã e vi búfalos de verdade no Buffalo Ranch, em Afton; vi o maior Mc Donald's dos EUA, em Vinita, o maior totem de concreto do mundo, em Foyil; as mil homenagens a Will Rogers em Claremore, sua cidade natal, incluindo o túmulo do cowboy; a famosa baleia azul de Catoosa; os hotéis e diners antigos de Tulsa, onde também conheci um flea market gigantesco, que tinha de cartuchos velhos de Atari a VCR's Betamax; vi o pôr-do-sol de Sapulpa e cheguei a Bristow, depois disso tudo.

Aqui um vídeo do trecho abandonado da Rota percorrido hoje:

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